11 Oct
11Oct

Carlos era um profissional dedicado. Todos no escritório viam nele um exemplo de competência, alguém com potencial para grandes realizações. Seu chefe frequentemente o elogiava, seus colegas confiavam nele, e as oportunidades de promoção surgiam com frequência. No entanto, Carlos sempre encontrava uma razão para recusar ou adiar essas chances.

“Preciso estudar mais sobre essa nova função”, dizia ele a si mesmo. Ou então: “Esse projeto é grande demais, e se eu falhar? Melhor não arriscar agora.” Assim, ele continuava na mesma posição, com as mesmas tarefas, embora soubesse, lá no fundo, que poderia ir além. Ele sempre tinha uma desculpa pronta para justificar seus medos, embora raramente os reconhecesse como tal.

Em sua vida pessoal, a história não era muito diferente. Ele havia adiado viagens, recusado convites para eventos importantes e até deixado de lado oportunidades de relacionamento. O medo de errar, de se colocar em situações de vulnerabilidade, o fazia recuar constantemente. A autossabotagem se tornara uma parte silenciosa, mas constante, de sua vida.Até que um dia, após mais uma oportunidade perdida, Carlos encontrou-se olhando para o espelho, desgastado pela frustração. Pela primeira vez, a pergunta surgiu: "Por que estou sempre no mesmo lugar? O que realmente me impede?

"Ele começou a refletir. Percebeu que a razão de sua estagnação não era a falta de oportunidudança. Esse medo o havia feito criar um ciclo invisível de autossabotagem. Ele não falhaades ou de habilidades. Era o medo – medo do sucesso, medo do desconhecido, medo da mudança porque não era capaz, mas porque inconscientemente evitava o sucesso, preferindo a segurança do que já conhecia.

Nos dias que se seguiram, Carlos decidiu enfrentar seu medo. Ele começou a aceitar pequenos desafios, assumindo responsabilidades que antes evitava. No início, a ansiedade era imensa, mas, pouco a pouco, ele percebeu que o fracasso não era tão assustador quanto parecia. E o sucesso, embora diferente do que ele imaginava, também não era uma ameaça, mas uma chance de crescer e aprender.

A jornada de Carlos não foi linear. Houveram recaídas, momentos em que ele quase desistiu. Mas, a cada novo passo, ele se afastava um pouco mais do ciclo que havia criado para si mesmo. E, ao final, descobriu que o único limite real que ele enfrentava era aquele que ele mesmo impunha.

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